Terça-feira da 2ª Semana da Quaresma. Evangelho do dia: Mateus 23,1-12

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Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
Lançai para bem longe toda a vossa iniqüidade! Criai em vós um novo espírito e um novo coração! (Ez 18,31).
 
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.


Naquele tempo, 23 1 dirigindo-se, então, Jesus à multidão e aos seus discípulos, disse:
2 “Os escribas e os fariseus sentaram-se na cadeira de Moisés.
3 Observai e fazei tudo o que eles dizem, mas não façais como eles, pois dizem e não fazem.
4 Atam fardos pesados e esmagadores e com eles sobrecarregam os ombros dos homens, mas não querem movê-los sequer com o dedo.
5 Fazem todas as suas ações para serem vistos pelos homens, por isso trazem largas faixas e longas franjas nos seus mantos.
6 Gostam dos primeiros lugares nos banquetes e das primeiras cadeiras nas sinagogas.
7 Gostam de ser saudados nas praças públicas e de ser chamados rabi pelos homens.
8 Mas vós não vos façais chamar rabi, porque um só é o vosso preceptor, e vós sois todos irmãos.
9 E a ninguém chameis de pai sobre a terra, porque um só é vosso Pai, aquele que está nos céus.
10 Nem vos façais chamar de mestres, porque só tendes um Mestre, o Cristo.
11 O maior dentre vós será vosso servo.
12 Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado”.
Palavra da Salvação.

Meditando o evangelho – fonte: www.domtotal.com

A FALTA DE MISERICÓRDIA

A sensibilidade de Jesus para a falta de misericórdia, no trato mútuo, era evidente. A menor atitude de menosprezo ou insensibilidade, em relação ao próximo, chamava-lhe a atenção. Por isso, aproveitava estas ocasiões para advertir os discípulos.
Os escribas e fariseus estavam, constantemente, na mira de Jesus. Eles tinham certos comportamentos com os quais o Mestre não podia compactuar, por não serem movidos pela misericórdia. Assim, impunham, às pessoas de boa-fé, um acúmulo de prescrições, ao passo que eles mesmos não se sentiam obrigados a cumpri-las. Igualmente, com ar de importância, exigiam que as pessoas lhes deixassem os primeiros lugares nos banquetes, nas sinagogas e nas praças, e que as chamassem com o título honroso de “rabi”. E muitas coisas mais! Toda essa maneira de se comportar é que os discípulos deveriam evitar. O Mestre foi explícito: “Não imiteis suas ações!”, pois não primam pela misericórdia.
O discípulo espelha-se no modo de agir de Jesus. Contrariamente aos escribas e fariseus, o Mestre não se prevaleceu dos pequenos e fracos, antes, procurou agir com extrema humildade e discrição, jamais buscando grandezas e honrarias mundanas. Seu agir misericordioso desmascarava a arrogância de seus adversários.

Oração
Espírito de misericórdia, livra-me de seguir o mau exemplo de quem, no trato com o próximo, prima pela arrogância e pela insensibilidade.